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sexta-feira, 29 de novembro de 2019
quinta-feira, 28 de novembro de 2019
Texto da semana..Dias de Natal..
Natal. E, só pelo facto de o ser, o mundo parece outro. Auroreal e mágico. O homem necessita cada vez mais destas datas sagradas. Para reencontrar a santidade da vida, deixar vir à tona impulsos religiosos profundos, comer e beber ritualmente, dar e receber presentes, sentir que tem família e amigos, e se ver transfigurado nas ruas por onde habitualmente caminha rasteiro. São dias em que estamos em graça, contentes de corpo e lavados de alma, ricos de todos os dons que podem advir de uma comunhão íntima e simultânea com as forças benéficas da terra e do céu. Dons capazes de fazer nascer num estábulo, miraculosamente, sem pai carnal, um Deus de amor e perdão, contra os mais pertinentes argumentos da razão.
Miguel Torga, in 'Diário (1985)'
Miguel Torga, in 'Diário (1985)'
O natal está a chegar..
FEIRINHA DO LIVRO...
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quinta-feira, 21 de novembro de 2019
Concurso de soletração..
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quarta-feira, 20 de novembro de 2019
Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades..
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
terça-feira, 19 de novembro de 2019
Momento de poesia...Inquietação...
A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes
São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Ensinas-me fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas
Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho
Cá dentro…
Morreu José Mário Branco músico compositor a cantautor..
O cantautor nasceu no Porto há 77 anos. O álbum mais emblemático de José Mário Branco foi "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades". José Mário Branco é autor de uma obra singular no panorama musical português, passando por géneros como a música de intervenção e o fado, entre outros.Considerado um dos maiores nomes da música portuguesa, José Mário Branco morreu esta terça-feira.
Foi compositor e produtor da esmagadora maioria dos álbuns do fadista Camané. E compôs e produziu também alguns discos da fadista Kátia Guerreiro. José Afonso, Sérgio Godinho ou Luís Represas são apenas alguns dos artistas com quem trabalhou.
José Mário Branco ganhou dois prémios José Afonso, prémio que destingue e reconhece aquilo que é feito em Portugal na música. E foi homenageado, em 2017, na feira do livro do Porto, no mesmo ano em que celebrou 50 anos de carreira com o lançamento de um disco de inéditos.Música de intervenção e um percurso distinto
Na juventude, estudou História nas Universidades de Coimbra e do Porto. Nessa época,
tornou-se dirigente da associação católica e membro do Partido Comunista, o que o levou a ser perseguido pela PIDE e, mais tarde, a exilar-se em França.
É ainda no exílio em França, e numa altura de plena luta contra o Estado Novo, que lança o seu álbum mais emblemático, "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", em 1971. A partir desta altura começa a ganhar nome no panorama musical e na música de intervenção.
José Mário Branco lançou o seu último álbum de originais, em 2004, com o nome "Resistir é vencer", em homenagem ao povo timorense.
Foi músico, autor e responsável pela produção e arranjos musicais de uma série de discos de outros artistas portugueses, como Sérgio Godinho, Fausto Bordalo Dias ou Zeca Afonso.
quarta-feira, 13 de novembro de 2019
Frase da semana..

Nunca ninguém se tornou pobre por ser generoso com os outros.
Anne Frank
quarta-feira, 6 de novembro de 2019
Sophia de Mello Breyner Andresen.. Fazia hoje cem anos..
Quando...
Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.
Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.
Será o mesmo brilho, a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta,
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta.
Sophia de Mello Breyner Andresen, in 'Dia do Mar'
terça-feira, 5 de novembro de 2019
Frase da semana...
Uma família não é um grupo de parentes; é mais do que a afinidade do sangue, deve ser também uma afinidade de temperamento. Um homem de génio muitas vezes não tem família. Tem parentes.
Fernando Pessoa
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