quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

O afeto é...



Agrupamento de Gondifelos recebe o escritor José Francisco Rita.







Nos dias 12 e 13 de fevereiro, o escritor José Francisco Rica apresentou os seus mais recentes livros aos alunos do 2ºciclo, do 1º ciclo e do Pré-Escolar do Agrupamento de Escolas de Gondifelos. 
José Francisco Rica vive há oito anos em V. N. de Famalicão e tem obras publicadas de poesia e contos infantis e juvenis. É a escrever para os leitores mais pequenos que se tem afirmado com as suas obras, estando a realizar sessões de apresentação e sensibilização em diversas bibliotecas e escolas, com o objetivo de motivar os mais jovens para a aventura das palavras e para a importância dos livros.
                Assim aconteceu na nossa Escola. José Francisco Rica entrou e, após as apresentações tudo aconteceu: alunos, auxiliares e professores foram envolvidos nos enredos das histórias escritas e tornaram-se atores, vivenciando as aventuras dos livros apresentados. Com atenção e entusiasmo perceberam o valor da amizade e a mensagem que o escritor pretendeu transmitir. Experienciamos assim, uma outra forma de fazer Arte e de intervir na construção daqueles que nos estão confiados, através da aprendizagem pela descoberta e pela participação ativa.

Fica aqui o registo das sessões onde a simpatia do autor esteve bem patente, bem como os momentos de convívio com a comunidade escolar. A iniciativa não seria possível sem o empenho de todos. Parabéns ao autor, aos professores, educadoras, auxiliares de educação e claro aos alunos, que se comportaram de modo exemplar e participaram com à-vontade, interesse, empenho e entusiasmo.

A equipa da BE

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Histórias visuais de António Torrado..


Alunos do AEG destacam-se na Fase Municipal do Concurso Nacional de Leitura





No dia 10 de fevereiro, seis alunos do nosso Agrupamento – Maria Afonso, Tiago Ferreira, Helena Costa, Afonso Costa, Beatriz Aguiar e Tatiana Pereira - representantes de cada ciclo de ensino, deslocaram-se à Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, em Famalicão, para participarem na Fase Municipal do Concurso Nacional de Leitura.
As alunas Maria Afonso, do 1º Ciclo, Helena Costa, do 2º Ciclo, Beatriz Aguiar e Tatiana Pereira, do 3º Ciclo, foram apuradas para a Prova Oral em palco, que consistiu na leitura expressiva de um poema e na prova de argumentação. A Helena recebeu uma Menção Honrosa e a Maria, a Beatriz e a Tatiana sagraram-se vencedoras, recebendo livros entregues pelo Sr. Melo, da Livraria Fontenova, que patrocinou esta iniciativa.
O Senhor Vereador da Educação e Conhecimento, Dr. Leonel Rocha, na sessão de encerramento, deu os parabéns a todos os participantes, reconheceu o trabalho dos professores e a importância dos pais e dos avós no acompanhamento das crianças e jovens e na promoção da leitura.
Os alunos reconheceram que viveram uma experiência diferente, com possibilidade de conhecer livros novos, saber mais sobre outros escritores, contactar com colegas que também partilham o gosto pela leitura, enfrentar novos desafios, representar a escola, divertir-se e viver este momento importante do Concurso Nacional de Leitura.
A Maria deu o seu testemunho desta experiência, que transcrevemos: “Senti-me ansiosa para ver se passaria ou não às próximas fases. Mas afinal passei nas duas e fiquei muito feliz, aliviada e orgulhosa. Espero agora pelo dia vinte e três de abril para ir à Biblioteca Municipal de Vizela executar a prova intermunicipal”.
Parabéns pelas boas leituras e provas prestadas e felicidades para a próxima etapa. Já sabemos que a causa do sucesso reside na leitura atenta, no raciocínio lógico e dedutivo e na imaginação.

A Equipa da BE




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Texto da semana...Na Leitura e na Escrita Encontramo-nos Todos naquilo que Temos de Mais Humano


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A escrita, ou a arte, para ser mais abrangente, cumpre funções que mais nenhuma área consegue cumprir. (...) Sinto que há poucas experiências tão interessantes como quando se lê um livro e se percebe "já senti isto, mas nunca o tinha visto escrito", procurar isso, ou procurar escrever textos que façam sentir isso, é uma das minhas buscas permanentes. Trata-se de ordenar, de esquematizar, não só sentimentos como ideias que temos de uma forma vaga mas que entendemos melhor quando os vemos em palavras. Trata-se também de construir empatia: através da leitura temos oportunidade de estar na pele de outras pessoas e de sentir coisas que não fazem parte da nossa vida, mas que no momento em que lemos conseguimos perceber como é. E isso faz-nos ser mais humanos. Na leitura e na escrita encontramo-nos todos naquilo que temos de mais humano.

José Luís Peixoto, in 'Diário de Notícias (2003)'

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Morreu Kirk Douglas com 103 anos..ator de cinema.




https://sol.sapo.pt/artigo/685584/kirk-douglas-o-campeao-feito-a-pulso



"A vida de Kirk foi bem vivida, e deixa um legado no cinema que vai perdurar pelas gerações futuras, e uma história como filantropo de renome, que trabalhou para ajudar o público e trazer paz ao planeta", acrescentou Michael Douglas. "Deixem-me terminar com as palavras que lhe disse no último aniversário e que continuam verdadeiras. Pai, eu amo-te tanto e tenho tanto orgulho em ser teu filho".
Kirk Douglas era uma das últimas estrelas do Hollywood clássico e participou em mais de 70 filmes, entre eles 'Champion' (1949), 'Paths of Glory' (1957) ou 'Spartacus' (1960), escrito por Dalton Trumbo.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Campanha miúdos a votos ...Participa..






Sessões de esclarecimento na Biblioteca:

1º ciclo - 3 de Março às 10 horas.
2º ciclo  - 4  de Março  12 horas 
3º ciclo - 6 de Março   12 horas


Prepara-te e dá o teu melhor!!!

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O LOBO QUE QUERIA MUDAR DE COR - Orianne Lallemand e Éléonore Thuillier..L


Texto da semana...O Sorriso..

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Sorriso, diz-me aqui o dicionário, é o acto de sorrir. E sorrir (verbo intransitivo) é rir sem fazer ruído e executando contracção muscular da boca e dos olhos. Como se vê, está tudo errado. Começa logo por chamar intransitivo ao verbo, o que, tal como aprendemos na escola, exprime uma acção que, praticada pelo sujeito, se aplica a ele próprio e não passa para outro objecto ou outrem, e é, portanto, intransmissível. Recuso-me a aceitar que o sorriso seja um acto intransmissível. E quanto a dar por suficiente a contracção muscular, temos conversado.

O sorriso, meus amigos, é muito mais do que estas pobres definições, e eu pasmo ao imaginar o autor do dicionário no acto de escrever o seu verbete, assim a frio, como se nunca tivesse sorrido na vida. Por aqui se vê até que ponto o que as pessoas fazem pode diferir do que dizem. Caio em completo devaneio e ponho-me a sonhar um dicionário que desse precisamente, exactamente, o sentido das palavras e transformasse em fio-de-prumo a rede em que, na prática de todos os dias, elas nos envolvem.

Não há dois sorrisos iguais. Não falando ja no sorriso de Gioconda ou do anjo de Reims, que renuncio a decifrar, temos o sorriso de troça, o sorriso superior e o seu contrário humilde, o de ternura, o de cepticismo, o amargo e o irónico, o sorriso de esperança, o de condescendência, o deslumbrado, o de embaraço, e (por que não?) o de quem morre. E há muitos mais. Mas nenhum deles é o Sorriso.

O Sorriso (este, com maiúscula) vem sempre de longe. É a manifestação de uma sabedoria profunda, não tem nada que ver com as contracções musculares e não cabe numa definição de dicionário. Principia por um leve mover de rosto, às vezes hesitante, por um frémito interior que nasce nas mais secretas camadas do ser. Se move músculos é porque não tem outra maneira de exprimir-se. Mas não terá? Não conhecemos nós sorrisos que são rápidos clarões, como esse brilho súbito e inexplicável que soltam os peixes nas águas fundas? Quando a luz do sol passa sobre os campos ao sabor do vento e da nuvem, que foi que na terra se moveu? E contudo era um sorriso.

José Saramago
Escritor