O teu espaço de aprendizagem e leituras onde encontras tudo o que procuras
terça-feira, 30 de setembro de 2014
A MENINA QUE ODIAVA LIVROS.....
Animação conta a história de Nina, uma menina que não gostava de ler, mas que, ao se deparar com o rico universo da leitura, descobre uma nova realidade.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Recordando João Ubaldo Ribeiro....
Excerto da última cronica publicada por João Ubaldo Ribeiro em finais de julho deste ano no jornal O Globo
"Ainda
é cedo para avaliar a chamada lei da palmada, mas tenho certeza de que,
protegendo as nossas crianças, ela se tornará um exemplo para o mundo. Pelo que
eu sei, se o pai der umas palmadas no filho, pode ser denunciado à polícia e
até preso. Mas, antes disso, é intimado a fazer uma consulta ou tratamento
psicológico. Se, ainda assim, persistir em seu comportamento delituoso, não só
vai preso mesmo, como a criança é entregue aos cuidados de uma instituição que
cuidará dela exemplarmente, livre de um pai cruel e de uma mãe cúmplice. Pai na
cadeia e mãe proibida de vê-la, educada por profissionais especializados e
dedicados, a criança crescerá para tornar-se um cidadão modelo. E a lei
certamente se aperfeiçoará com a prática, tornando-se mais abrangente. Para
citar uma circunstância em que o aperfeiçoamento é indispensável, lembremos que
a tortura física, seja lá em que hedionda forma — chinelada, cascudo, beliscão,
puxão de orelha, quiçá um piparote —, muitas vezes não é tão séria quanto a
tortura psicológica. Que terríveis sensações não terá a criança, ao ver o pai
de cara amarrada ou irritado? E os pais discutindo e até brigando? O egoísmo
dos pais, prejudicando a criança dessa maneira desumana, tem que ser coibido,
nada de aborrecimentos ou brigas em casa, a criança não tem nada a ver com os
problemas dos adultos, polícia neles."
http://oglobo.globo.com/opiniao/o-correto-uso-do-papel-higienico-13297732
Portugal do antigamente.....As Carpideiras.
.Carpideira era uma profissional feminina que tinha como função chorar para um defunto alheio. Era feito um acordo monetário entre a carpideira e os familiares do defunto; a carpideira chorava e mostrava seus prantos sem nenhum sentimento, grau de parentesco ou amizade.
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
terça-feira, 23 de setembro de 2014
Texto da semana...... Cada Dia é Sempre Diferente dos Outros....
Cada dia é sempre
diferente dos outros, mesmo quando se faz aquilo que já se fez. Porque nós
somos sempre diferentes todos os dias, estamos sempre a crescer e a saber cada
vez mais, mesmo quando percebemos que aquilo em que acreditávamos não era certo
e nos parece que voltámos atrás. Nunca voltamos atrás. Não se pode voltar
atrás, não se pode deixar de crescer sempre, não se pode não aprender. Somos
obrigados a isso todos os dias. Mesmo que, às vezes, esqueçamos muito daquilo
que aprendemos antes. Mas, ainda assim, quando percebemos que esquecemos,
lembramo-nos e, por isso, nunca é exactamente igual.
— Porquê, pai?
— Porque a memória
não deixa que seja igual, mesmo que seja uma memória muito vaga, mesmo que seja
só assim uma espécie de sensação muito vaga. É que a memória não é sempre
aquilo que gostaríamos que fosse. Grande parte dos nossos problemas estão na
memória volúvel que possuímos. Aquilo que é hoje uma verdade absoluta, amanhã
pode não ter nenhum valor. Porque nos esquecemos, filho. Esquecemos muito
daquilo que aprendemos. E cansamo-nos. E quando estamos cansados, deixamos de
aprender. Queremos não aprender por vontade. Essa é a nossa maneira de
resistir, mais ou menos, àquilo que nos custa entender. E aquilo que nos custa
entender pode ter muitas formas, pode chegar de muitos lugares.
— Porquê, pai?
— Porque nos parece
que é assim. Mas talvez não seja assim. Aquilo que nos custa entender é sempre
uma surpresa que nos contradiz. Então, procuramos convencer-nos das mais
diversas maneiras, encontramos as respostas mais elaboradas e incríveis para as
perguntas mais simples. E acreditamos mesmo nelas, queremos mesmo acreditar
nelas e somos capazes. Somos mesmo capazes. Não imaginas aquilo em que somos
capazes de acreditar.
— Porquê, pai?
— Porque temos de
sobreviver. Porque, à noite, a esta hora, temos de encontrar força para
conseguirmos dormir, descansar, e temos de acreditar que no dia seguinte
poderemos acordar na vida que quisemos, que desejámos. Temos de acreditar que
poderemos acordar na vida que conseguimos construir e que essa vida tem valor,
vale a pena. Muito mais difícil do que esse esforço é considerarmos que fomos
incapazes, que não conseguimos melhor, que a culpa foi nossa, toda e exclusiva.
José Luís Peixoto, in
'Abraço'
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