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Foto de Sebastião Salgado |
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O teu espaço de aprendizagem e leituras onde encontras tudo o que procuras
Queridos leitores, almas que ainda
se deixam embalar pelas veredas da palavra escrita,
Duas centúrias separam-nos, e
contudo, aqui permaneço — não em carne, mas na ténue imortalidade que a tinta
concede aos sonhadores. Nasci sob o signo da paixão e da desventura, e foi
nelas que encontrei os fios para tecer histórias que o tempo, caprichoso, não
ousou apagar.
Lembrai-vos: escrevi com o fogo do
desespero e a melancolia das horas vagarosas. De Amor de Perdição às Novelas
do Minho, cada página foi um suspiro roubado ao destino. A cegueira? Uma
vela que se apagou, mas que me fez enxergar, mais claro, os abismos da alma
humana. A cela em São Miguel de Refojos? Uma pausa forçada para ouvir o eco das
minhas próprias palavras.
Hoje, ao voltar-me para trás, vejo
que a verdadeira eternidade não está nos mármores dos túmulos, mas nos livros
que respiram nas mãos dos vivos. Que alegria saber que, dois séculos depois,
ainda conversais com as minhas personagens — aquelas criaturas de luz e sombra
que vos fazem rir, chorar e, sobretudo, sentir.
Às novas gerações, deixo um
desafio: escrevei sem medo da imperfeição. A vida é breve, a arte é
longa, e só a coragem de amar e sofrer nos torna imortais.
Com a gratidão de quem descobriu,
tarde demais, que as palavras são a única pátria sem fronteiras,
Camilo Castelo Branco
(na voz que o tempo não calou)
Produzida por IA
Teolinda Gersão
40 anos de
atividade literária
Para
celebrar 40 anos de atividade literária, a escritora
Teolinda Gersão publica um novo romance, intitulado "O Regresso de Júlia
Mann a Paraty", que reúne três novelas e sucede ao livro de contos “Atrás
da Porta”, publicado em 2019.
Sobre os
40 anos de vida literária, Teolinda Gersão faz um balanço positivo e
gratificante: “Sou agora muito mais lida
do que há décadas atrás, os leitores estão familiarizados com a minha escrita.
E os primeiros livros que publiquei tornaram-se ainda mais atuais do que na
altura em que surgiram”, argumentou.
Teolinda
Gersão nasceu em Coimbra, em 1940, Estudou Germanística, Romanística e
Anglística nas universidades de Coimbra, Tübingen e Berlim, na Alemanha. Foi
Leitora de Português na Universidade Técnica de Berlim, assistente na Faculdade
de Letras da Universidade de Lisboa e professora catedrática da Universidade
Nova de Lisboa, tendo lecionado Literatura Alemã e Literatura Comparada.
A
escritora recebeu mais de uma dezena dos principais prémios literários, alguns
dos quais bisou, como o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, da
Associação Portuguesa de Escritores, que recebeu em 2002, com “Histórias de Ver
e Andar” e, em 2017, com “Prantos, Amores e Outros Desvarios” Também por duas
vezes foi distinguida com o Prémio Fernando Namora, atribuído pela Estoril-Sol,
em 2001 pela obra “Os Teclados” e, em 2015, com “Passagens”.
Mia Couto nasceu na Beira, em Moçambique, em 1955. Foi jornalista e professor e atualmente, é biólogo e escritor.
Foi com o
romance "O Mapeador de Ausências" que Mia Couto venceu a edição de 2021 do Prémio
Literário Manuel de Boaventura, instituido pela Câmara Municipal de Esposende com
o intuito de homenagear e divulgar
este escritor e homem de cultura, natural de Vila
Chã, Esposende.
“O Mapeador de Ausências” retrata a história do regresso de Diogo
Santiago, intelectual moçambicano, professor universitário e poeta, à sua terra
natal, a cidade da Beira, nas vésperas do ciclone que a arrasou em 2019, para
receber uma homenagem que os seus concidadãos lhe querem prestar.
Maria
Teresa Horta nasceu em 1937, em Lisboa, cidade onde frequentou a Faculdade de
Letras. É uma das mais importantes
escritoras portuguesas do século XX. Com uma obra extensa que vai desde a
poesia à crónica, é mais conhecida como poeta e ativista dos direitos das
mulheres. É autora da obra “Novas Cartas Portuguesas”, conjuntamente com Maria
Isabel Barreno e Maria Velho da Costa.
Estreou-se
na poesia em 1960. A sua obra poética, publicada até 2006, é constituída por dezoito títulos e está
coligida em “Poesia Reunida” (Dom Quixote, 2009.
Foi com “Estranhezas” que a escritora venceu o prémio literário Casino da Póvoa 2021, do encontro anual de escritores de expressão ibérica “Correntes d’Escritas”. Esta obra é uma exaltação da paixão, da beleza, do real concreto e efémero, eternizado pela deslocação da esfera do tempo para o espaço de escrita.
Fernando de Oliveira Guimarães
Fernando Guimarães
nasceu no Porto a 3 de fevereiro de 1928 e publicou, desde 1956, vários livros
de poesia e de ensaio, tendo alargado também a sua atividade à ficção e ao
teatro. Os seus trabalhos ensaísticos abordam a literatura portuguesa,
sobretudo do período entre o século XIX e a atualidade, e questões relacionadas
com a história da estética em Portugal e com a filosofia da arte. O autor tem
também exercido crítica literária e faz parte, como investigador, do Centro de
Estudos do Pensamento Português da Universidade Católica Portuguesa.
O poeta recebeu
já várias distinções como o Grande Prémio da Associação Portuguesa
de Escritores, os prémios da Associação Internacional de Críticos Literários, do PEN Clube,
e também lhe foram atribuídos, pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, prémios de tradução de poesia.
A Universidade de Évora reconheceu o conjunto da sua obra ensaística com o
Prémio Vergílio Ferreira.
O Grande
Prémio de Literatura dst (instituído pelo dstgroup - Domingos da
Silva Teixeira - município de Braga) nasceu com o objetivo de premiar obras originais, em
dois géneros literários, escritas em português por autores portugueses,
contribuindo assim para a promoção e valorização das literaturas de língua
portuguesa. O galardão é anual, com distinções alternadas nas modalidades de
prosa e poesia.