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sexta-feira, 13 de março de 2020
O Corona Vírus(COVID-19) - Informações sobre procedimentos a ter ..lê e ouve com muita atenção
quinta-feira, 5 de março de 2020
A Primavera já
chegou ao Pré-Escolar
Na passada segunda feira, dia 2 de março, os Jardins de Infância de
Gondifelos e Outiz deram as boas-vindas à Primavera. É certo que, segundo o
calendário, ela ainda não chegou, mas o filme Pássaros na Primavera (“Birds
in the Spring”, de David Hand, EUA/1933, 7´) antecipou essa chegada.
Birds in the Spring é um dos 75
desenhos animados de uma série denominada Silly
Symphony produzida pela Walt Disney
Productions, entre 1929 e 1939.
Vários pássaros acasalam e nidificam. Um
casal aguarda ansiosamente o nascimento de três ovos e convoca alegremente
todos os outros pássaros para ver os seus novos filhotes. O tempo avança e
estes aprendem a cantar e a voar. Um deles afasta-se do ninho e explora o espaço
envolvente. Confronta-se com gafanhotos, pica-paus e
outros pássaros, uma cascavel que o tenta
comer e um ninho de vespas que o persegue. Resgatado
pelos progenitores, aprende que não se deve afastar destes sem o seu
consentimento e que deve brincar com todo o cuidado.
As crianças ficaram verdadeiramente encantadas
com a animação que conta já com 87 anos de existência. O colorido, a música e a
vivacidade das personagens prenderam a atenção de todos. Depois de terem falado
abertamente sobre o filme e percebido a sua mensagem, pediram para vê-lo
novamente, pedido ao qual a equipa da BE acedeu sem “alternativa” tal o
entusiasmo das meninas e meninos e, acreditamos também, dos adultos
presentes.
Antes da despedida, e como habitualmente,
foi lançado um desafio que desta vez consistiu em colorir uma árvore em flor e
em recortar e colorir animais e colá-los em torno dela.
A equipa da BE saudou todos com amizade e
prometeu voltar logo a seguir à pausa da Páscoa.
Equipa da BE
Texto da semana...Chove ? Nenhuma Chuva Cai...
Chove? Nenhuma chuva cai...
Então onde é que eu sinto um dia
Em que ruído da chuva atrai
A minha inútil agonia ?
Onde é que chove, que eu o ouço?
Onde é que é triste, ó claro céu?
Eu quero sorrir-te, e não posso,
Ó céu azul, chamar-te meu...
E o escuro ruído da chuva
É constante em meu pensamento.
Meu ser é a invisível curva
Traçada pelo som do vento...
E eis que ante o sol e o azul do dia,
Como se a hora me estorvasse,
Eu sofro... E a luz e a sua alegria
Cai aos meus pés como um disfarce.
Ah, na minha alma sempre chove.
Há sempre escuro dentro de mim.
Se escuro, alguém dentro de mim ouve
A chuva, como a voz de um fim...
Os céus da tua face, e os derradeiros
Tons do poente segredam nas arcadas...
No claustro sequestrando a lucidez
Um espasmo apagado em ódio à ânsia
Põe dias de ilhas vistas do convés
No meu cansaço perdido entre os gelos,
E a cor do outono é um funeral de apelos
Pela estrada da minha dissonância...
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Então onde é que eu sinto um dia
Em que ruído da chuva atrai
A minha inútil agonia ?
Onde é que chove, que eu o ouço?
Onde é que é triste, ó claro céu?
Eu quero sorrir-te, e não posso,
Ó céu azul, chamar-te meu...
E o escuro ruído da chuva
É constante em meu pensamento.
Meu ser é a invisível curva
Traçada pelo som do vento...
E eis que ante o sol e o azul do dia,
Como se a hora me estorvasse,
Eu sofro... E a luz e a sua alegria
Cai aos meus pés como um disfarce.
Ah, na minha alma sempre chove.
Há sempre escuro dentro de mim.
Se escuro, alguém dentro de mim ouve
A chuva, como a voz de um fim...
Os céus da tua face, e os derradeiros
Tons do poente segredam nas arcadas...
No claustro sequestrando a lucidez
Um espasmo apagado em ódio à ânsia
Põe dias de ilhas vistas do convés
No meu cansaço perdido entre os gelos,
E a cor do outono é um funeral de apelos
Pela estrada da minha dissonância...
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
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