terça-feira, 14 de outubro de 2025

O CINEMA ESTÁ À TUA ESPERA... NA CASA DAS ARTES

 


No dia 13 de outubro, os alunos da turma do 5º1 participaram numa enriquecedora visita de estudo à Casa das Artes, integrada na X edição do programa Cinema Close-Up – Observatório de Cinema, no âmbito do projeto “Educar Com Cinema”, na rubrica, “O Cinema está à tua espera”.

A atividade teve como principal objetivo promover o contacto dos alunos com a linguagem cinematográfica, estimulando a reflexão crítica e a valorização da experiência cultural como ferramenta de aprendizagem.

Durante a sessão, o programador de cinema, Vítor Ribeiro, e a diretora do Plano Nacional de Cinema, Elsa Mendes, deram as boas vindas ao público e enquadraram esta atividade realçando a importância de formar espectadores do futuro.  Seguidamente, foi exibido o filme “FLOW – À Deriva”, vencedor do Óscar de Melhor Filme de Animação de 2025. A obra apresenta uma narrativa poética e visualmente envolvente, abordando temas profundos como a solidão, a empatia e a busca por conexão num mundo em constante transformação.

A deslocação à Casa das Artes foi feita com recurso ao transporte público intermunicipal, sendo o passe do aluno suficiente para esta viagem. Esta viagem foi o ensejo para desenvolver competências no domínio da prevenção rodoviária.  No final da visualização do filme, os alunos tiveram oportunidade de fazer uma breve caminhada pelo Parque da Devesa, observando a fauna e a flora existente, bem como os painéis informativos disponíveis.

A experiência revelou-se muito positiva, proporcionando aos alunos uma oportunidade única de explorar o cinema como forma de expressão artística e reflexão pessoal e o desenvolvimento de competências na área de relacionamento interpessoal e de desenvolvimento pessoal e autonomia, previstas no PASEO. 










Sugestão de filme:Flow


 

TEXTO DA SEMANA: Só Sente Ansiedade pelo Futuro aquele cujo Presente é Vazio

 


O principal defeito da vida é ela estar sempre por completar, haver sempre algo a prolongar. Quem, todavia, quotidianamente der à própria vida "os últimos retoques" nunca se queixará de falta de tempo; em contrapartida, é da falta de tempo que provém o temor e o desejo do futuro, o que só serve para corroer a alma. Não há mais miserável situação do que vir a esta vida sem se saber qual o rumo a seguir nela; o espírito inquieto debate-se com o inelutável receio de saber quanto e como ainda nos resta para viver. Qual o modo de escapar a uma tal ansiedade? Há um apenas: que a nossa vida não se projecte para o futuro, mas se concentre em si mesma. Só sente ansiedade pelo futuro aquele cujo presente é vazio. Quando eu tiver pago tudo quanto devo a mim mesmo, quando o meu espírito, em perfeito equilíbrio, souber que me é indiferente viver um dia ou viver um século, então poderei olhar sobranceiramente todos os dias, todos os acontecimentos que me sobrevierem e pensar sorridentemente na longa passagem do tempo! Que espécie de perturbação nos poderá causar a variedade e instabilidade da vida humana se nós estivermos firmes perante a instabilidade? Apressa-te a viver, caro Lucílio, imagina que cada dia é uma vida completa. Quem formou assim o seu carácter, quem quotidianamente viveu uma vida completa, pode gozar de segurança; para quem vive de esperanças, pelo contrário, mesmo o dia seguinte lhe escapa, e depois vem a avidez de viver e o medo de morrer, medo desgraçado, e que mais não faz do que desgraçar tudo.

Séneca, in 'Cartas a Lucílio'




PALAVRA DA SEMANA

 



A palavra "gratidão" tem origem no latim, derivando de termos como gratitudo (gratidão), gratus (agradecido, grato) e gratia (graça, bênção, dádiva). Essas origens apontam para o reconhecimento e o agradecimento por aquilo que é bom ou que recebemos. 

·         Latim: 

A palavra evoluiu do latim para o português, mantendo seu significado de agradecimento. 

·         Gratia: 

Significa graça, bênção e dádiva. Por isso, a gratidão pode ser vista como um reconhecimento das bênçãos presentes na vida. 

·         Gratus: 

Significa "agradecido" ou "grato". Essa raiz está diretamente relacionada à qualidade de quem é grato. 







quarta-feira, 8 de outubro de 2025

terça-feira, 7 de outubro de 2025

Texto da semana

 




Expectativa: estado ou condição mental que, no cortejo das emoções humanas, é precedido pela esperança e seguido pelo desespero.

Ambrose Bierce


Palavra da semana: Expectativa

 






A palavra "expectativa" tem origem no latim medieval, do termo exspectativus, e do verbo exspectare, que significa "estar na expectativa de, esperar, desejar, ter esperança", derivado de spectare (olhar). A palavra entrou para o português com influência do francês expectative, referindo-se à espera de algo com base em promessas ou probabilidade. 

Origem e desenvolvimento

·         Latim: O termo base é exspectare ("esperar", "desejar", "olhar"), composto por ex- ("para fora") e spectare ("olhar"). 

·         Latim medieval: Do exspectare deriva exspectativus, que deu origem ao termo expectativa. 

·         Influência do francês: A palavra chegou ao português provindo do francês expectative (meados do século XV), que designava a espera de alguma coisa ou a espera que se baseia em uma promessa ou probabilidade.






quarta-feira, 1 de outubro de 2025

DIA MUNDIAL DA MÚSICA

 Descobre os tesouros que a Biblioteca tem para ti neste Dia Mundial da Música. 




O LIVRO DO MÊS

 

Este novo livro já está disponível na Biblioteca!


terça-feira, 30 de setembro de 2025

PALAVRA DA SEMANA


 

A palavra "sucesso" tem origem no termo latino successus, que significa "avanço, seguimento, resultado favorável". Deriva do verbo latino succedere, composto por sub- ("depois, por baixo") e cedere ("ir, mover-se"), indicando "vir depois" ou "chegar perto". A acepção de "resultado favorável" consolidou-se a partir do século XV. 

Etimologia da palavra:

·         Latim:successus (substantivo) 

·         Significado em Latim:"avanço", "aproximação", "chegada", "seguimento", "entrada", "abertura", "bom resultado" ou "bom êxito". 

·         Formação:O verbo succedere é formado pela preposição sub- (por baixo, depois, sob) e o verbo cedere (ir, mover-se). 

Evolução do significado:

·         A palavra passou do sentido original de um "avanço" ou "chegada" para a aceção de um "resultado favorável" e "bom êxito".

·         Essa mudança semântica, que associa a palavra a uma conquista positiva, começou a  consolidar-se em português por volta do século XV. 

 


Texto da semana: Farpas de Eça de Queirós e Ramalho Ortigão.

 

"Aproxima-te um pouco de nós, e vê. O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas ideias em cada dia. Vivemos todos ao acaso. Perfeita, absoluta indiferença de cima abaixo! Toda a vida espiritual, intelectual, parada. O tédio invadiu todas as almas. A mocidade arrasta-se envelhecida das mesas das secretárias para as mesas dos cafés. A ruína económica cresce, cresce, cresce. As quebras sucedem-se. O pequeno comércio definha. A indústria enfraquece. A sorte dos operários é lamentável. O salário diminui. A renda também diminui. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. Neste salve-se quem puder a burguesia proprietária de casas explora o aluguer. A agiotagem explora o lucro. A ignorância pesa sobre o povo como uma fatalidade. O número das escolas só por si é dramático. O professor é um empregado de eleições. A população dos campos, vivendo em casebres ignóbeis, sustentando-se de sardinhas e de vinho, trabalhando para o imposto por meio de uma agricultura decadente, puxa uma vida miserável, sacudida pela penhora; a população ignorante, entorpecida, de toda a vitalidade humana conserva unicamente um egoísmo feroz e uma devoção automática. No entanto a intriga política alastra-se. O país vive numa sonolência enfastiada. Apenas a devoção insciente perturba o silêncio da opinião com padre-nossos maquinais. Não é uma existência, é uma expiação. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: o país está perdido! Ninguém se ilude. Diz-se nos conselhos de ministros e nas estalagens. E que se faz? Atesta-se, conversando e jogando o voltarete que de norte a sul, no Estado, na economia, no moral, o país está desorganizado - e pede-se conhaque!"

in Farpas, por Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão, com publicação em Junho de 1871.









segunda-feira, 22 de setembro de 2025

PALAVRA DA SEMANA

 



A palavra "amizade" provém do latim amicitia, que significa "amizade" ou "relação de amizade". 

Por sua vez, amicitia deriva de amicus, termo latino que significa "amigo". 

A raiz de amicus está ligada ao verbo latino amare, que significa "amar", indicando que a amizade está relacionada com afeto, carinho e amor. 

Origem:

  1. Latim: A origem direta da palavra amizade é o latim, com o termo amicitia
  1. Amicus : Amicitia é uma forma derivativa do termo amicus, que significa "amigo". 
  1. Amare : A raiz de amicus está ligada ao verbo latino amare, que significa "amar". 

 


quinta-feira, 18 de setembro de 2025

PALAVRA DA SEMANA


A palavra "elogio" tem origens tanto no grego quanto no latim. Deriva do grego eulogía (eulogía), que combina eu- (bom, bem) com logos (palavra) e originou o conceito de uma boa palavra ou uma oração de louvor.

A palavra também se relaciona ao latim elogium, que se referia a um epitáfio, uma inscrição elogiosa sobre uma tumba, e que deu origem ao verbo "elogiar".

Origem Grega

Eulogía (εὐλογία): No grego antigo, eulogía significava "boa palavra" ou "boa fala". Era usada para descrever uma oração de louvor ou um discurso que elogiava alguém.

Origem Latina

Elogium (elogium): Do latim, a palavra elogium referia-se a um epitáfio, ou seja, um texto curto escrito em honra a uma pessoa falecida, com o objetivo de louvar suas qualidades.

Evolução do Significado: Do latim elogium, desenvolveu-se o verbo "elogiar" no português, que significa exaltar virtudes ou qualidades.

Em resumo: O termo evoluiu de uma expressão grega que significava "boa palavra" para o latim "epitáfio" e, posteriormente, para o português "elogio" e "elogiar", designando o ato de louvar e exaltar as qualidades de alguém.


sexta-feira, 12 de setembro de 2025

O LIVRO DO MÊS

 Neste mês de setembro, a Biblioteca propõe a leitura de...

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EXCELENTE ANO LETIVO

A Biblioteca deseja a todos os seu utilizadores um excelente ano letivo com boas leituras, boas aprendizagens e muito sucesso!

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Morreu Sebastião Salgado, um génio da fotografia do séc XX e XXI

Foto de Sebastião Salgado


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Música de férias.


 

O tempo a idade e a vida.(57 , 58 ANOS DE DIFERENÇA)


 

E eis que mais um ano letivo chega ao fim.Boas férias e não se esqueçam de estudar um pouco ..





Hoje, venho falar das férias: é o tempo delas, como se diz que é o tempo das cerejas. Outra árvore dá estes frutos, e a mesma árvore os arranca: os dias as trazem até nós, os dias as levam. Neste escoar se vai o tempo, mas enquanto as férias se aproximam tudo é desejá-las, fazer projectos, embalar ilusões. Chegado o dia, temos diante de nós um espaço vazio à espera, como uma grande sala que é preciso habitar. Que vamos pôr lá dentro? Há quem passe uns dias na terra, quem se atreva ao estrangeiro, quem conte os escudos para o toldo da praia. Há também quem não saia de casa e fique a ver, todas as horas do dia, a rua onde mora.

Seja como for, os dias de férias ganham de repente um valor que os outros não tiveram. São dias totalmente disponíveis, à mercê da imaginação e das posses de cada qual. O tempo desligou-se da mecânica do relógio, é uma dimensão não delimitada, informe, um pedaço de barro diante das mãos que o vão modelar.
As férias são também uma obra de criação. Não espanta, portanto, que no limiar delas um súbito temor nos intimide. Aquele intervalo entre duas representações, aquela clareira rodeada de floresta negra por todos os ahlados — que iremos nós fazer do barro do tempo? Se vamos à terra, dois dias bastam para rever as pessoas conhecidas, os sítios e a família; se passamos ao estrangeiro, que resultado tiraremos de quatro mil quilómetros em oito dias? E se vamos à praia? E se ficamos em casa? Depois, tudo são complicações: horários, refeições indigestas, noites mal dormidas, histórias velhas de família, cansaço de viagens de ida-e-volta, raiva de estar fechado. Ah, as férias. Quando elas acabam, ficam-nos umas lembranças desmaiadas, como de um sonho antigo. Nada aconteceu como tínhamos imaginado: choveu, veio uma dor de dentes, os museus eram muitos, as paisagens não eram tão belas como as fotografias delas, gastou-se muito dinheiro — ou não houve sequer dinheiro para gastar. E recomeça-se o trabalho em rigoroso estado de cólera, porque pior do que ter tido e não ter já, é ficar aquém do que se sonhou.

No fundo, esse sonho, vezes e vezes renovado e outras tantas frustrado, é apenas o desejo inconsciente de repetir as únicas férias maravilhosas que já tivemos: as da infância — esses infinitos meses para os quais não havia projectos, porque então não os fazíamos e porque, mesmo antes de vividos, já eram realização. O mundo estava todo por descobrir — e o mundo cabia no círculo que os olhos traçavam. Duas árvores e um charco: a Europa. Um caminho entre rochedos: a América. Ou a Ásia. Ou a África. Nadar ou navegar no rio era o mesmo que atravessar o oceano. E descobrir um ninho abandonado valia bem a caverna de Ali Babá. Por isso, hoje, as férias não podem ser repouso. Queremos, à viva força, descobrir o mundo, como se fôssemos nós os primeiros: outra coisa não significa a nossa satisfação quando obrigamos um amigo a confessar que não viu, no Louvre, aquela estátua grega que, no nosso entender, vale a viagem.

Tudo isto são ilusões. O mundo está visto e decorado. Ninguém descobrirá a Europa, e a estátua grega, afinal, é uma pobre cópia romana. Mas que importa? Aqui solenemente declaro que, este ano, as minhas férias serão, em valor de revelação e descoberta, iguais àquelas em que, com os olhos novos da infância, me aconteceu encontrar uma fonte que ninguém conhecia. E se este ano não for, será para o ano. Porque a fonte lá está.

José Saramago, in 'Deste Mundo e do Outro'






 

terça-feira, 3 de junho de 2025

AEG ... EM GRANDE!

 


O Agrupamento de Escolas de Gondifelos abraçou o desafio lançado pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, a propósito da Comemoração do Bicentenário de Camilo Castelo Branco, com o Concurso “Revisitar Camilo Castelo Branco – 200 anos depois – De Famalicão para o Mundo”, tendo o nosso Agrupamento, orgulhosamente, no dia 1 de junho estado presente na entrega dos seguintes prémios/menções honrosas:

1.ºescalão–expressão plástica–Ilustração: Individual: “Neymar” - Santiago Lopes Campos, 2.ºano;

2.º escalão – expressão plástica – Ilustração / banda desenhada
Individual: “Dudu”- Eduardo Rodrigues Filho, 4.º O;

3.º escalão – produção escrita – narrativa
Coletivo: “Valentim de Almeida” - Turma 9.º 1;

3.º escalão – expressão plástica – Ilustração / banda desenhada
Coletivo: “Os Patos” - Beatriz Enes, Gabriel Sencadas, Lara Ferreira e Rodrigo Silva, 8.º1;

Ainda, como menção honrosa, por escalão e modalidades, foram atribuídos:
1.º escalão – expressão plástica – Ilustração:
Individual: “Panda Macio”- Rodrigo Leonel Santos, 2.º ano

2.º escalão – expressão plástica – Ilustração / banda desenhada
Individual: “Liliana” -  Bárbara Rodrigues – 4.º O;


3.º escalão – produção escrita – narrativa

Coletivo: “CBO3” - Simão Faria, Miguel Ribeiro, Martim Silva, William Ribeiro e
Guilherme Carvalho, 8º3;


3.º escalão – expressão plástica – Ilustração / banda desenhada
Coletivo: “Revolver” – Ângela Costa, Júlia Dórea e Sofia Costa, 8.º ano2.




Os bons leitores, na nossa "Escola a Ler Mais e Melhor”, revelam-se bons escritores e bons ilustradores

Muitos parabéns aos alunos e aos professores envolvidos pela dedicação e empenho nesta comemoração camiliana, cujos trabalhos se encontram em exposição na Casa de Camilo, até ao dia 30 deste mês de junho.

 

TRANSIÇÃO COM EMOÇÃO




No âmbito do programa de transição para o 1º ciclo, promovido pela psicóloga Judite Costa, do SPO, em articulação com a terapeuta da fala, Anabela Alvarenga, e outras estruturas do Agrupamento, os alunos do Pré-Escolar do Jardim de Infância de Gondifelos, acompanhados pelos seus Encarregados de Educação, visitaram as instalações da escola-sede e vivenciaram experiências novas com os colegas do 1º ano.




 Na Biblioteca, usufruíram de uma breve formação de utilizadores e tiveram a oportunidade de conhecer a escritora Sandra Azevedo, que apresentou o seu livro: “A Viagem da Pedrinha Verde”, de forma interativa e sensorial, acolhida com muito interesse e entusiasmo




A sessão de autógrafos e a sessão fotográfica, bem como a oferta de um marcador de livros e uma pulseira com uma pedrinha verde encerraram este encontro.




visita à escola-sede foi extremamente positiva, na medida em que contribuiu para a promoção da confiança dos alunos, permitindo que cada criança se possa adaptar mais facilmente à nova situação e conhecer os agentes educativos/adultos que a vão apoiar no próximo ano letivo.




ESTE MÊS SUGERIMOS...

 


O AEG COM(N) VIDA A LER!

 

segunda-feira, 2 de junho de 2025

O fim do ano letivo está aí..


 


Texto da semana: Todos Pensam de Forma Diferente, e Muitas Vezes Efémera.

 




Cada indivíduo vê o mundo - e o que este tem de acabado, de regular, de complexo e de perfeito - como se se tratasse apenas de um elemento da Natureza a partir do qual tivesse que constituir um outro mundo, particular, adaptado às suas necessidades. Os homens mais capazes tomam-no sem hesitações e procuram na medida do possível comportar-se de acordo com ele. Há outros que não se conseguem decidir e que ficam parados a olhar para ele. E há ainda os que chegam ao ponto de duvidar da existência do mundo.
Se alguém se sentisse tocado por esta verdade fundamental, nunca mais entraria em disputas e passaria a considerar, quer as representações que os outros possam fazer das coisas, quer a sua, como meros fenómenos. Porque de facto verificamos quase todos os dias que aquilo que um indivíduo consegue pensar com toda a facilidade pode ser impossível de pensar para um outro. E não apenas em relação a questões que tivessem uma qualquer influência no bem estar ou no sofrimento das pessoas, mas também a propósito de assuntos que nos são totalmente indiferentes.

Johann Wolfgang von Goethe, in 'Máximas e Reflexões'