segunda-feira, 9 de junho de 2025

Morreu Sebastião Salgado, um génio da fotografia do séc XX e XXI

Foto de Sebastião Salgado


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Música de férias.


 

O tempo a idade e a vida.(57 , 58 ANOS DE DIFERENÇA)


 

E eis que mais um ano letivo chega ao fim.Boas férias e não se esqueçam de estudar um pouco ..





Hoje, venho falar das férias: é o tempo delas, como se diz que é o tempo das cerejas. Outra árvore dá estes frutos, e a mesma árvore os arranca: os dias as trazem até nós, os dias as levam. Neste escoar se vai o tempo, mas enquanto as férias se aproximam tudo é desejá-las, fazer projectos, embalar ilusões. Chegado o dia, temos diante de nós um espaço vazio à espera, como uma grande sala que é preciso habitar. Que vamos pôr lá dentro? Há quem passe uns dias na terra, quem se atreva ao estrangeiro, quem conte os escudos para o toldo da praia. Há também quem não saia de casa e fique a ver, todas as horas do dia, a rua onde mora.

Seja como for, os dias de férias ganham de repente um valor que os outros não tiveram. São dias totalmente disponíveis, à mercê da imaginação e das posses de cada qual. O tempo desligou-se da mecânica do relógio, é uma dimensão não delimitada, informe, um pedaço de barro diante das mãos que o vão modelar.
As férias são também uma obra de criação. Não espanta, portanto, que no limiar delas um súbito temor nos intimide. Aquele intervalo entre duas representações, aquela clareira rodeada de floresta negra por todos os ahlados — que iremos nós fazer do barro do tempo? Se vamos à terra, dois dias bastam para rever as pessoas conhecidas, os sítios e a família; se passamos ao estrangeiro, que resultado tiraremos de quatro mil quilómetros em oito dias? E se vamos à praia? E se ficamos em casa? Depois, tudo são complicações: horários, refeições indigestas, noites mal dormidas, histórias velhas de família, cansaço de viagens de ida-e-volta, raiva de estar fechado. Ah, as férias. Quando elas acabam, ficam-nos umas lembranças desmaiadas, como de um sonho antigo. Nada aconteceu como tínhamos imaginado: choveu, veio uma dor de dentes, os museus eram muitos, as paisagens não eram tão belas como as fotografias delas, gastou-se muito dinheiro — ou não houve sequer dinheiro para gastar. E recomeça-se o trabalho em rigoroso estado de cólera, porque pior do que ter tido e não ter já, é ficar aquém do que se sonhou.

No fundo, esse sonho, vezes e vezes renovado e outras tantas frustrado, é apenas o desejo inconsciente de repetir as únicas férias maravilhosas que já tivemos: as da infância — esses infinitos meses para os quais não havia projectos, porque então não os fazíamos e porque, mesmo antes de vividos, já eram realização. O mundo estava todo por descobrir — e o mundo cabia no círculo que os olhos traçavam. Duas árvores e um charco: a Europa. Um caminho entre rochedos: a América. Ou a Ásia. Ou a África. Nadar ou navegar no rio era o mesmo que atravessar o oceano. E descobrir um ninho abandonado valia bem a caverna de Ali Babá. Por isso, hoje, as férias não podem ser repouso. Queremos, à viva força, descobrir o mundo, como se fôssemos nós os primeiros: outra coisa não significa a nossa satisfação quando obrigamos um amigo a confessar que não viu, no Louvre, aquela estátua grega que, no nosso entender, vale a viagem.

Tudo isto são ilusões. O mundo está visto e decorado. Ninguém descobrirá a Europa, e a estátua grega, afinal, é uma pobre cópia romana. Mas que importa? Aqui solenemente declaro que, este ano, as minhas férias serão, em valor de revelação e descoberta, iguais àquelas em que, com os olhos novos da infância, me aconteceu encontrar uma fonte que ninguém conhecia. E se este ano não for, será para o ano. Porque a fonte lá está.

José Saramago, in 'Deste Mundo e do Outro'






 

terça-feira, 3 de junho de 2025

AEG ... EM GRANDE!

 


O Agrupamento de Escolas de Gondifelos abraçou o desafio lançado pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, a propósito da Comemoração do Bicentenário de Camilo Castelo Branco, com o Concurso “Revisitar Camilo Castelo Branco – 200 anos depois – De Famalicão para o Mundo”, tendo o nosso Agrupamento, orgulhosamente, no dia 1 de junho estado presente na entrega dos seguintes prémios/menções honrosas:

1.ºescalão–expressão plástica–Ilustração: Individual: “Neymar” - Santiago Lopes Campos, 2.ºano;

2.º escalão – expressão plástica – Ilustração / banda desenhada
Individual: “Dudu”- Eduardo Rodrigues Filho, 4.º O;

3.º escalão – produção escrita – narrativa
Coletivo: “Valentim de Almeida” - Turma 9.º 1;

3.º escalão – expressão plástica – Ilustração / banda desenhada
Coletivo: “Os Patos” - Beatriz Enes, Gabriel Sencadas, Lara Ferreira e Rodrigo Silva, 8.º1;

Ainda, como menção honrosa, por escalão e modalidades, foram atribuídos:
1.º escalão – expressão plástica – Ilustração:
Individual: “Panda Macio”- Rodrigo Leonel Santos, 2.º ano

2.º escalão – expressão plástica – Ilustração / banda desenhada
Individual: “Liliana” -  Bárbara Rodrigues – 4.º O;


3.º escalão – produção escrita – narrativa

Coletivo: “CBO3” - Simão Faria, Miguel Ribeiro, Martim Silva, William Ribeiro e
Guilherme Carvalho, 8º3;


3.º escalão – expressão plástica – Ilustração / banda desenhada
Coletivo: “Revolver” – Ângela Costa, Júlia Dórea e Sofia Costa, 8.º ano2.




Os bons leitores, na nossa "Escola a Ler Mais e Melhor”, revelam-se bons escritores e bons ilustradores

Muitos parabéns aos alunos e aos professores envolvidos pela dedicação e empenho nesta comemoração camiliana, cujos trabalhos se encontram em exposição na Casa de Camilo, até ao dia 30 deste mês de junho.

 

TRANSIÇÃO COM EMOÇÃO




No âmbito do programa de transição para o 1º ciclo, promovido pela psicóloga Judite Costa, do SPO, em articulação com a terapeuta da fala, Anabela Alvarenga, e outras estruturas do Agrupamento, os alunos do Pré-Escolar do Jardim de Infância de Gondifelos, acompanhados pelos seus Encarregados de Educação, visitaram as instalações da escola-sede e vivenciaram experiências novas com os colegas do 1º ano.




 Na Biblioteca, usufruíram de uma breve formação de utilizadores e tiveram a oportunidade de conhecer a escritora Sandra Azevedo, que apresentou o seu livro: “A Viagem da Pedrinha Verde”, de forma interativa e sensorial, acolhida com muito interesse e entusiasmo




A sessão de autógrafos e a sessão fotográfica, bem como a oferta de um marcador de livros e uma pulseira com uma pedrinha verde encerraram este encontro.




visita à escola-sede foi extremamente positiva, na medida em que contribuiu para a promoção da confiança dos alunos, permitindo que cada criança se possa adaptar mais facilmente à nova situação e conhecer os agentes educativos/adultos que a vão apoiar no próximo ano letivo.




ESTE MÊS SUGERIMOS...

 


O AEG COM(N) VIDA A LER!

 

segunda-feira, 2 de junho de 2025

O fim do ano letivo está aí..


 


Texto da semana: Todos Pensam de Forma Diferente, e Muitas Vezes Efémera.

 




Cada indivíduo vê o mundo - e o que este tem de acabado, de regular, de complexo e de perfeito - como se se tratasse apenas de um elemento da Natureza a partir do qual tivesse que constituir um outro mundo, particular, adaptado às suas necessidades. Os homens mais capazes tomam-no sem hesitações e procuram na medida do possível comportar-se de acordo com ele. Há outros que não se conseguem decidir e que ficam parados a olhar para ele. E há ainda os que chegam ao ponto de duvidar da existência do mundo.
Se alguém se sentisse tocado por esta verdade fundamental, nunca mais entraria em disputas e passaria a considerar, quer as representações que os outros possam fazer das coisas, quer a sua, como meros fenómenos. Porque de facto verificamos quase todos os dias que aquilo que um indivíduo consegue pensar com toda a facilidade pode ser impossível de pensar para um outro. E não apenas em relação a questões que tivessem uma qualquer influência no bem estar ou no sofrimento das pessoas, mas também a propósito de assuntos que nos são totalmente indiferentes.

Johann Wolfgang von Goethe, in 'Máximas e Reflexões'



Porque nunca sabemos o dia de amanhã.