terça-feira, 11 de novembro de 2025

CELEBRANDO S. MARTINHO

 


    Neste dia de S. Martinho, 11 de novembro, a Biblioteca desafiou os seus utilizadores a escrever uma frase sobre a efeméride e aos mais pequeninos, a exercitar a sua criatividade na pintura de imagens alusivas à quadra de S. Martinho.

    As participações foram muito interessantes e resultaram numa pequena exposição no placar da Biblioteca, que deixamos aqui.

Feliz quadra de S. Martinho!







FILME DE ANIMAÇÃO.


 

Texto da semana: Terra - 24

 

Terra - 24

António, é preciso partir!
o moleiro não fia,
a terra é estéril,
a arca vazia,
o gado minga e se fina!
António, é preciso partir!
A enxada sem uso,
o arado enferruja,
o menino quere o pão; a tua casa é fria!
É preciso emigrar!
O vento anda como doido – levará o azeite;
a chuva desaba noite e dia – inundará tudo;
e o lar vazio,
o gado definhando sem pasto,
a morte e o frio por todo o lado,
só a morte, a fome e o frio por todo o lado, António!
É preciso embarcar!
Badalão! Badalão! – o sino
já entoa a despedida.
Os juros crescem;
o dinheiro e o rico não têm coração.
E as décimas, António?
Ninguém perdoa – que mais para vender?
Foi-se o cordão,
foram-se os brincos,
foi-se tudo!
A fome espia o teu lar.
Para quê lutar com a secura da terra,
com a indiferença do céu,
com tudo, com a morte, com a fome, coma a terra,
com tudo!
Árida, árida a vida!
António, é preciso partir!
António partiu.
E em casa, ficou tudo medonho, desamparado, vazio.

Fernando Namora, in 'Terra'



Palavra da semana


 

A palavra "desafio" vem do latim disfidare, que significa "renunciar à fé" ou "perder a confiança". É uma junção de "dis-" (sufixo de afastamento) e "fides" ("fé" ou "confiança"). Na Idade Média, o significado evoluiu para "provocar" ou "desafiar". 

  • Latim: disfidare
  • Significado original: "Renunciar à fé", "perder a confiança"
  • Etimologia: Composto por "dis-" (afastamento) e "fides" (fé, confiança)
Evolução: Na Idade Média, passou a ter o sentido de "provocar" ou "desafiar"



segunda-feira, 10 de novembro de 2025

FILME NO JARDIM DE INFÂNCIA NO DIA MUNDIAL DO CINEMA

 



O cinema voltou ao Jardim de Infância, no Dia Mundial do Cinema5 de novembro, para gáudio dos nossos fiéis espetadores mais pequeninos. A equipa da BE, através do projeto Educar com Cinema, integrado no Plano Nacional de Cinema (PNC), preparou com cuidado este regresso: contactou as educadoras, selecionou o filme, produziu o bilhete e definiu a atividade a desenvolver com as crianças.

A sala foi preparada como uma verdadeira sala de cinema, com as filas e cadeiras numeradas, num ambiente escurecido, que contou com a preciosa ajuda das Educadoras e das Assistentes Operacionais. Os alunos sentaram-se nos lugares indicados no bilhete e visionaram com muita atenção o filme “La Luna”, de Enrico Casarosa (USA, 2011, 6’53’’), que conta a história de um menino que acompanha, pela primeira vez na sua vida, o pai e o avô no seu trabalho, num barco e, em pouco tempo, apercebe-se de que no mundo dos adultos há vários desafios que é preciso enfrentar.


A professora Rosa Dias, que habitualmente dinamiza estes encontros, conduziu a sessão com energia e entusiamo, envolvendo os meninos e meninas na análise do filme. Além da história e da utilização de linguagem cinematográfica, explorou com eles as personagens, as cores, os locais e os valores da educação, do respeito e da criatividade.

 No final da segunda visualização, desafiou as crianças a desenhar, pintar ou ilustrar a parte do filme que mais lhes agradou.

A equipa da BE agradece todo o envolvimento nesta atividade cinéfila e compromete-se a voltar.



HISTÓRIAS DE ENCANTAR COM A BIBLIOTECA ESCOLAR

 

    


Comemorando o Dia internacional da Biblioteca Escolar, os alunos do Pré-Escolar e do 1º Ciclo usufruíram de um momento da “Hora do Conto” com um contador de histórias proporcionado pela Editora Operaomnia, Rui Ramos.

    Entre melodias, gargalhadas e palavras moduladas, sussurradas ou bradadas, os alunos conheceram os livros “Dá Dois Pulos de Contente”, de Fernando Pessoa e “Uma Andorinha na Minha Cabeça”, de Ireneu Oliveira, que muito agradaram aos nossos pequenos leitores.



Cada apresentação terminou com uma dança celebrativa e uma sessão de dedicatórias pelo exímio contador de histórias.





PALAVRA DA SEMANA