O teu espaço de aprendizagem e leituras onde encontras tudo o que procuras
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
Vencedores do mês de novembro -desafios de leitura
Educar com cinema 6ª sessão. Aniki Bóbó
= com o apoio e colaboração do CINECLUBE de JOANE =
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
Livro do mês de dezembro
2 Histórias de Natal (Alice Vieira)
Alice Vieira, nasceu
em Lisboa, em 1943. Licenciou-se em Filologia Germânica, na Faculdade de
Letras da Universidade de Lisboa. Dedicou – se ao jornalismo, tendo dirigido no
Diário de Notícias os suplementos Juvenil e Catraio. Colaborou em vários
programas de televisão para crianças. Consideradas umas das mais importantes
autoras portuguesas de literatura infanto-juvenil, foi várias vezes premiada. As
suas obras foram traduzidas em várias línguas.
Desafio: Constrói um símbolo de Natal.
Os melhores símbolos serão premiados.
Resumo da obra
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terça-feira, 29 de novembro de 2016
A Memória da Leitura..texto da semana...
Não há talvez dias da nossa infância que tenhamos tão intensamente vivido como aqueles que julgámos passar sem tê-los vivido, aqueles que passámos com um livro preferido. Tudo quanto, ao que parecia, os enchia para os outros, e que afastávamos como um obstáculo vulgar a um prazer divino: a brincadeira para a qual um amigo nos vinha buscar na passagem mais interessante, a abelha ou o raio de sol incomodativos que nos obrigavam a erguer os olhos da página ou a mudar de lugar, as provisões para o lanche que nos obrigavam a levar e que deixávamos ao nosso lado no banco, sem lhes tocar, enquanto, sobre a nossa cabeça, o sol diminuía de intensidade no céu azul, o jantar que motivara o regresso a casa e durante o qual só pensávamos em nos levantarmos da mesa para acabar, imediatamente a seguir, o capítulo interrompido, tudo isto, que a leitura nos devia ter impedido de perceber como algo mais do que a falta de oportunidade, ela pelo contrário gravava em nós uma recordação de tal modo doce (de tal modo mais preciosa no nosso entendimento atual do que o que líamos então com amor) que, se ainda hoje nos acontece folhear esses livros de outrora, é apenas como sendo os únicos calendários que guardamos dos dias passados, e com a esperança de ver reflectidas nas suas páginas as casas e os lagos que já não existem.
Marcel Proust, in 'O Prazer da Leitura'
Marcel Proust, in 'O Prazer da Leitura'
Como participar em 'Miúdos a Votos'....
Numa iniciativa inédita, a VISÃO Júnior e a Rede de Bibliotecas Escolares organizam a eleição dos livros preferidos das crianças e jovens portugueses.
O processo será semelhante ao de umas eleições políticas, promovendo simultaneamente a leitura e a cidadania: haverá recenseamento, apresentação de candidaturas, campanha eleitoral, votação e escrutínio dos votos, organizados e participados por alunos. Durante a campanha eleitoral, estes defenderão junto dos colegas os seus livros preferidos – podendo fazê-lo em comícios, cartazes, programas de rádio e televisão, sessões de esclarecimento, debates…
Clica no link para saberes mais:
visao.sapo.pt/visaojunior/iniciativasescolas/miudos-a-votos/2016-10-19-Como-participar-em-Miudos-a-Votos
ATÉ 19 DE DEZEMBRO
APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS Os alunos apresentam o livro que candidatam à eleição através do preenchimento do formulário disponível.
Clica no link para acederes e preencheres o formulário disponível:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeQFOvp18L6GbsWKOuDp5dY2CEPilAYkswFALIO4D-qYTabMg/viewform?c=0&w=1segunda-feira, 14 de novembro de 2016
O Outono da Vida..José Luís Peixoto

Começa devagarinho. É como tudo. A gente andamos na nossa vida, andamos influídos e está claro que não reparamos. De manhã, temos de pensar no café.
Depois, há-de vir o almoço. Está claro que nem reparamos numa aragem. Mal uma aragem mais fresca que se mistura com o sol-pôr. Já setembro quer acabar e ainda temos a torrina do sol na pele, a hora do calor, (quase cansada, para a cadela invisível) Anda cá, Ladina... Também estás a ficar velha... Arriba, cadela... (voltando ao tom e à direção inicial) A gente nem dá fé. Primeiro, é umas pontadas nas costas, umas sezões, umas coisas assim. Primeiro, a gente julga que vai passar, como passavam os esfolões nas pernas quando éramos pequenos e andávamos a correr pelas ruas ou quando encontrávamos alguma árvore a jeito de subir. Começa mesmo devagarinho. Aos poucos, (com ternura, para a cadela) Ah, Ladina... Bochinha, bochinha... Então, não queres vir? Anda cá, cadela... (voltando à direção inicial) E as mãos começam a tremer um bocadinho. E o trabalho começa a ser mais custoso. E um dia a gente já quase que não conhece a nossa cara no espelho no lavatório. É nesse dia, é nessa hora que começa o outono.
José Luís Peixoto, in 'Cal'
Depois, há-de vir o almoço. Está claro que nem reparamos numa aragem. Mal uma aragem mais fresca que se mistura com o sol-pôr. Já setembro quer acabar e ainda temos a torrina do sol na pele, a hora do calor, (quase cansada, para a cadela invisível) Anda cá, Ladina... Também estás a ficar velha... Arriba, cadela... (voltando ao tom e à direção inicial) A gente nem dá fé. Primeiro, é umas pontadas nas costas, umas sezões, umas coisas assim. Primeiro, a gente julga que vai passar, como passavam os esfolões nas pernas quando éramos pequenos e andávamos a correr pelas ruas ou quando encontrávamos alguma árvore a jeito de subir. Começa mesmo devagarinho. Aos poucos, (com ternura, para a cadela) Ah, Ladina... Bochinha, bochinha... Então, não queres vir? Anda cá, cadela... (voltando à direção inicial) E as mãos começam a tremer um bocadinho. E o trabalho começa a ser mais custoso. E um dia a gente já quase que não conhece a nossa cara no espelho no lavatório. É nesse dia, é nessa hora que começa o outono.
José Luís Peixoto, in 'Cal'
terça-feira, 8 de novembro de 2016
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
Dia mundial do cinema
Esta sessão,
organizada pela FCM, enquadrou-se nas comemorações do Dia Mundial do Cinema.
Os alunos
gostaram imenso do filme e da oportunidade de experimentarem uma ida ao cinema
num espaço acolhedor e adequado.
O Guardião Da Lua - Trailer Dobrado PT
O Guardião Da Lua - Trailer Dobrado PT
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
Livro do mês de novembro
Isabel
Alçada nasceu em Lisboa no dia 29 de Maio de 1950.
Licenciada em Filosofia pela Faculdade de Letras de Lisboa. Orientadora
de História durante três anos. Técnica do ministro da Educação para a
reforma do ensino secundário. Professora convidada pelo Instituto de Inovação
Educacional para realizar um estudo sobre os hábitos de leitura das crianças
e jovens portugueses. Foi Ministra da Educação.
Iniciou-se na escrita juvenil em 1982, juntamente com Ana Maria
Magalhães. Dessa parceria resultaram mais de 50 títulos da colecção “Uma aventura”.
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Ana
Maria Magalhães nasceu em Lisboa no dia 14 de Abril de 1946.
Licenciada em Filosofia pela
Faculdade de Letras de Lisboa.
É
professora de Português e História no ensino preparatório desde 1969. Professora
destacada no serviço de ensino básico e secundário de português
no estrangeiro durante dois anos. Formadora de professores de história.
Professora destacada no Instituto de Educação Educacional para realizar um
estudo sobre os hábitos de leitura das crianças e jovens portugueses.
É uma escritora
portuguesa de literatura infanto-juvenil. Esta escritora destacou-se pelos
livros da colecção “Uma
aventura”, destinados a jovens, que tiveram grande sucesso. Conheceu
Isabel Alçada em 1976, à porta da escola Fernando Pessoa em Lisboa. Em
1982 escreveram o seu primeiro livro em conjunto: “Uma aventura na cidade”.
Não foi fácil arranjar editora. Só a Editorial Caminho quis apostar na edição
do livro.
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sexta-feira, 28 de outubro de 2016
terça-feira, 25 de outubro de 2016
Livro do mês de outubro
António da Mota
Biografia
António Mota nasceu em Vilarelho, Baião (concelho da região duriense), em
1957. Foi professor do ensino básico, tornando-se conhecido como autor de
literatura juvenil. O autor procura transpor para os seus livros as memórias da
infância vividas na região do Douro.
Ganhou vários prémios,
de que se destacam o Prémio da Associação
Portuguesa de Escritores com a obra “O
Rapaz de Louredo” (1983) e o Prémio
Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças com a obra “Pedro Alecrim “(1990).
Colaborou com
vários jornais e participou em diversas ações organizadas por Bibliotecas
Escolares e Escolas Superiores de Educação.
Em 2008 foi
agraciado com a Ordem da Instrução
Pública.
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
terça-feira, 7 de junho de 2016
quarta-feira, 1 de junho de 2016
Dia da criança... a ler na biblioteca... on PhotoPeach
Dia mundial da criança... crianças em mundos diferentes..no mesmo mundo..
Em Louvor das Crianças....
Se há na terra um reino que nos seja familiar e ao mesmo tempo estranho, fechado nos seus limites e simultaneamente sem fronteiras, esse reino é o da infância. A esse país inocente, donde se é expulso sempre demasiado cedo, apenas se regressa em momentos privilegiados — a tais regressos se chama, às vezes, poesia. Essa espécie de terra mítica é habitada por seres de uma tão grande formosura que os anjos tiveram neles o seu modelo, e foi às crianças, como todos sabem pelos evangelhos, que foi prometido o Paraíso.
A sedução das crianças provém, antes de mais, da sua proximidade com os animais — a sua relação com o mundo não é a da utilidade, mas a do prazer. Elas não conhecem ainda os dois grandes inimigos da alma, que são, como disse Saint-Exupéry, o dinheiro e a vaidade. Estas frágeis criaturas, as únicas desde a origem destinadas à imortalidade, são também as mais vulneráveis — elas têm o peito aberto às maravilhas do mundo, mas estão sem defesa para a bestialidade humana que, apesar de tanta tecnologia de ponta, não diminui nem se extingue.
O sofrimento de uma criança é de uma ordem tão monstruosa que, frequentemente, é usado como argumento para a negação da bondade divina. Não, não há salvação para quem faça sofrer uma criança, que isto se grave indelevelmente nos vossos espíritos. O simples facto de consentirmos que milhões e milhões de crianças padeçam fome, e reguem com as suas lágrimas a terra onde terão ainda de lutar um dia pela justiça e pela liberdade, prova bem que não somos filhos de Deus.
Eugénio de Andrade, in 'Rosto Precário'
A sedução das crianças provém, antes de mais, da sua proximidade com os animais — a sua relação com o mundo não é a da utilidade, mas a do prazer. Elas não conhecem ainda os dois grandes inimigos da alma, que são, como disse Saint-Exupéry, o dinheiro e a vaidade. Estas frágeis criaturas, as únicas desde a origem destinadas à imortalidade, são também as mais vulneráveis — elas têm o peito aberto às maravilhas do mundo, mas estão sem defesa para a bestialidade humana que, apesar de tanta tecnologia de ponta, não diminui nem se extingue.
O sofrimento de uma criança é de uma ordem tão monstruosa que, frequentemente, é usado como argumento para a negação da bondade divina. Não, não há salvação para quem faça sofrer uma criança, que isto se grave indelevelmente nos vossos espíritos. O simples facto de consentirmos que milhões e milhões de crianças padeçam fome, e reguem com as suas lágrimas a terra onde terão ainda de lutar um dia pela justiça e pela liberdade, prova bem que não somos filhos de Deus.
Eugénio de Andrade, in 'Rosto Precário'
sexta-feira, 20 de maio de 2016
terça-feira, 3 de maio de 2016
Palavras para a Minha Mãe...Dia da mãe....
mãe, tenho pena. esperei sempre que entendesses
as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.
pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste
tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te
desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.
às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,
a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia
mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.
lê isto: mãe, amo-te.
eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não
escrevi estas palavras, sim, mãe, hei-de fingir que
não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não
as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes.
José Luís Peixoto, in "A Casa, a Escuridão"
as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.
pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste
tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te
desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.
às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,
a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia
mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.
lê isto: mãe, amo-te.
eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não
escrevi estas palavras, sim, mãe, hei-de fingir que
não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não
as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes.
José Luís Peixoto, in "A Casa, a Escuridão"
quinta-feira, 28 de abril de 2016
25 de Abril...Sophia de Mello Breyner Andresen, in 'O Nome das Coisas'
25 de Abril
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
Sophia de Mello Breyner Andresen, in 'O Nome das Coisas'
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
Sophia de Mello Breyner Andresen, in 'O Nome das Coisas'
quarta-feira, 27 de abril de 2016
terça-feira, 19 de abril de 2016
4ª Sessão Educar com Cinema ....
4ª Sessão Educar com Cinema
A noite de
sexta-feira, 15 de abril,
reuniu alguns resistentes que enfrentaram o tempo pouco convidativo para
participar na 4ª sessão de Educar com
Cinema. Após uma breve retrospetiva das sessões anteriores pelo Diretor da
Escola e feita a introdução ao filme pelo Diretor do Cineclube de Joane, eis
que o ecrã se encheu das primeiras imagens do filme Monnfleet (O Tesouro do Barba Ruiva) de Fritz Lang.
O filme conta a história de um
adolescente, John Mohune, que vai visitar um contrabandista, Fox. Entre os dois
desenvolve-se uma forte amizade. Fox vê-se obrigado a fugir depois de ter sido
denunciado. John segue-o e juntos descobrem um célebre diamante, o tesouro do
Barba Ruiva. Fox ainda pensa fugir com o tesouro e abandonar John, mas acaba
por entregá-lo ao amigo. É um filme sobre a infância, com os seus medos e
fantasmas, vistos pelo olhar de uma criança, um olhar sobre o mundo dos
adultos. De um lado, vemos John Mohune a caminhar para o fim da inocência, a
transformar-se num “homenzinho”, por outro, Fox, o patife famoso que procura
recuperar um estado de amor-próprio e reparar o passado.
Este filme, com quase 50 anos, gerou
diálogo entre os presentes. O convidado especial desta sessão, Sr. José
Fonseca, Chefe dos Escuteiros de Gondifelos, procurou transpor a
mensagem/conteúdo do filme para o campo de ação dos escuteiros, nomeadamente a
questão da descoberta, da aventura e da promoção de valores. A presença de
adultos e de adolescentes, a troca de ideias entre ambos, proporcionou uma
leitura e um olhar mais rico sobre o filme.
Com o aproximar do fim do ano letivo,
Educar com Cinema prepara-se também
para a sua última sessão. Brevemente, data e filme serão anunciados. Não deixe
de estar presente e de partilhar comentários e emoções.
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