quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

A história de Negreiros..







História



A União de freguesias de Negreiros e Chavão está integrada no Concelho de Barcelos, Distrito de Braga, localizando-se numa planície da bacia orográfica do Rio Este e a cerca de 15 km da sede do concelho. Abrangendo uma área de 491 ha, o seu território confina a Norte com Chorente e Chavão; a Nascente com Grimancelos e Gondifelos (esta de Famalicão); a Sul com Balasar (de Póvoa de Varzim); e a Poente com Macieira de Rates. Acrescente-se, ainda, que esta freguesia é composta por 17 lugares: Aldeia de Cima, Aldeia Nova, Além, Bouça, Corgo, Ferreiros, Igreja, Môcha, Monte, Pedreira, Penas, Sardoeira, Seara, Terra Negra, Vila, Vilar e Xisto.
Certos topónimos como Eira ou Fonte dos Mouros indicam que Negreiros foi habitada por povos muito antigos; porém, apesar daqueles nomes se reportarem aos Árabes, sabe-se que estes nunca tiveram nada a ver com alguns vestígios que datarão de antes do fim da época romana ou dos princípios da Idade Média. Talvez por esta razão, o Padre António Gomes Pereira afirma que é devido ao facto de o povo árabe ser de pele escura que esta antiga abadia da apresentação da Mitra deve o seu nome a Nigrarios, que significa “um pouco negro”, por causa de se ter aqui fixado alguma colónia de gente negra. No entanto, nada nos confirma esta versão. Contudo, o Padre Sousa Maia dá outra explicação. Para o autor do livro A Ver Terras, foram os chamados moinhos negreiros do milho “zaburro” (um milho mais grosseiro, escuro e quase roxo, que veio da Índia no século XVII e se destinava ao pão dos mais pobres) que deram o ser ao nome desta Freguesia, nome esse que, nas Inquirições do século XIII, ainda nem sequer existia. De facto, por essa altura (1220), esta Freguesia ainda se chamava De Sancta Eolália de Mazieira da Terra de Faria e Negreiros era, ainda e apenas, um apelido de família nobre.
Apresentando no século XVI cerca de 35 moradores, Negreiros foi crescendo, de forma que no século XVIII já contava 101 fogos e no século XIX tinha mais de 500 habitantes.

Do Dicionário “Portugal Antigo e Moderno”, edição de 1875, da Livraria Editora de Mattos Moreira & Companhia, consta:
“NEGREIROS – freguezia, Minho, comarca e concelho de Barcellos, 24 quilómetrosa O. de Braga, 340 ao N. de Lisboa, 140 fogos.
Em 1757 tinha 101 fogos.
Orago, Santa Eulália.
Arcebispado e districto administrativo de Braga.
É terra fértil. Muito gado.
A mitra apresentava o abadde, que tinha 360$000 réis de rendimento.
Vive n'esta freguezia (agosto de 1875) João Nevoeiro, que nasceu em 1752! – Sua mulher tem mais de 80 annos. Estão ambos no goso de todas as suas faculdades intellectuaes, e percorrem a freguezia, esmolando o sustento diário.”



A ordenação heráldica do Brasão, Bandeira e Selo da Freguesia de Negreiros, tendo em conta o parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses de 16 de Março de 1999, foi aprovada, sob proposta da Junta de Freguesia, em Sessão Ordinária da Assembleia de Freguesia de 19 de Abril de 1999.
Brasão – Escudo de vermelho, uma espiga de milho de ouro, folhada do mesmo e, em chefe, uma mó de prata а dextra e uma mó cosida de negro а sinistra. Coroa mural de prata de três torres. Lintel branco, com a legenda a negro: “NEGREIROS – BARCELOS”. andeira – Amarela. Cordão e borlas de ouro e vermelho. Haste e lança de ouro.



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